Sondagem SPT: entenda que é e como é feita

A investigação do solo é um passo essencial em qualquer obra de engenharia, garantindo que a fundação seja segura e adequada para suportar as cargas da construção.
Entre os métodos mais utilizados para essa análise, destaca-se a sondagem SPT, também conhecida como sondagem à percussão.
Esse ensaio geotécnico fornece informações fundamentais sobre a resistência do solo e a presença do lençol freático, auxiliando engenheiros na tomada de decisões estruturais.
Neste guia, você aprenderá tudo sobre o ensaio SPT, desde sua execução até a interpretação dos resultados.
Como interpretar um laudo de sondagem SPT?
O laudo de sondagem SPT é o documento que reúne todas as informações coletadas durante a execução do ensaio. Esse relatório técnico é essencial para que engenheiros e projetistas compreendam as características do solo onde será construída uma edificação.
Elementos principais de um laudo de sondagem
Ao analisar um relatório de sondagem SPT, é importante observar os seguintes elementos:
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Número de golpes: indica a resistência do solo em cada camada analisada. Quanto maior o número de golpes necessários para a penetração do amostrador, mais resistente é o solo.
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Descrição do solo: caracteriza o tipo de solo encontrado em cada profundidade, como argiloso, arenoso ou siltoso.
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Nível do lençol freático: registra a profundidade em que a água subterrânea foi identificada, fator essencial para o projeto de fundações.
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Profundidade da sondagem: indica até que ponto o ensaio foi realizado.
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Presença de matacões ou rochas: relata se houve interrupção da sondagem devido à presença de materiais de alta resistência.
Como utilizar as informações do laudo?
Engenheiros utilizam os dados do boletim de sondagem para determinar a capacidade de carga do solo, definir o tipo de fundação mais adequado (rasas ou profundas) e prever possíveis desafios durante a execução da obra, como a necessidade de drenagem de água subterrânea.
Sondagem à Percussão SPT: o que é e qual sua importância?
A sondagem à percussão SPT (Standard Penetration Test) é um dos métodos mais utilizados na engenharia geotécnica para analisar as condições do solo antes da construção de uma obra.
Esse ensaio fornece informações essenciais sobre a resistência do terreno e suas características físicas, permitindo a escolha adequada do tipo de fundação para edificações, pontes, rodovias e diversas infraestruturas.
Neste artigo, explicaremos detalhadamente o que é a sondagem à percussão SPT, como ela funciona e qual a sua importância para a segurança e estabilidade das construções.
O que é a sondagem à percussão SPT?
A sondagem à percussão SPT é um método de investigação geotécnica que consiste na perfuração do solo para analisar suas camadas e determinar a resistência do subsolo por meio de golpes aplicados em um amostrador-padrão.
Esse ensaio segue as normas estabelecidas pela ABNT NBR 6484, garantindo que os procedimentos sejam padronizados e confiáveis. Durante a execução, um martelo de 63,5 kg é solto de uma altura de 75 cm, cravando o amostrador no terreno. A quantidade de golpes necessários para que o tubo avance 30 cm é chamada de índice de resistência à penetração (N SPT) e serve como um indicador da capacidade do solo de suportar cargas.
A sondagem SPT também permite a coleta de amostras do solo, possibilitando análises laboratoriais para verificar características como umidade, granulometria e presença de matéria orgânica.
Qual a importância da sondagem à percussão SPT?
A realização da sondagem à percussão SPT é indispensável para garantir a segurança e viabilidade de qualquer obra. Sem um estudo detalhado do solo, há o risco de falhas estruturais, recalques diferenciais e até mesmo desmoronamentos, comprometendo a integridade da construção.
1. Avaliação da resistência do solo
O principal objetivo da sondagem SPT é determinar a capacidade de suporte do solo, ajudando engenheiros a escolherem o tipo de fundação mais adequado para cada projeto.
Terrenos com solos mais resistentes podem suportar cargas maiores, enquanto solos mais fracos exigem fundações mais profundas ou reforçadas.
2. Identificação de camadas do subsolo
Cada terreno possui características geológicas únicas. A sondagem permite mapear as diferentes camadas do subsolo, identificando zonas de argila, areia, silte ou rocha, o que influencia diretamente na escolha da estrutura de fundação.
3. Prevenção de recalques diferenciais
O recalque diferencial ocorre quando diferentes partes da estrutura assentam de forma desigual, causando rachaduras e danos à edificação. A sondagem SPT ajuda a prever esse fenômeno, permitindo que a fundação seja projetada para evitar problemas futuros.
4. Identificação do nível do lençol freático
A presença de água subterrânea pode comprometer a estabilidade do solo e afetar a execução da obra. O ensaio SPT registra a profundidade do lençol freático, possibilitando a adoção de medidas preventivas, como drenagem e impermeabilização.
5. Atendimento a normas técnicas e exigências legais
Antes de iniciar qualquer construção, é fundamental atender às normas técnicas vigentes. Muitas prefeituras e órgãos reguladores exigem um estudo geotécnico do solo para a liberação de alvarás de construção. A sondagem SPT é um dos ensaios mais aceitos para esse fim.
6. Otimização de custos na obra
Ao fornecer informações detalhadas sobre o solo, a sondagem permite um planejamento mais preciso, evitando gastos desnecessários com fundações superdimensionadas ou reparos futuros devido a falhas estruturais.
Vantagens da sondagem SPT para fundações no Rio de Janeiro
A escolha do tipo de fundação em uma construção depende diretamente das características do solo.
No Rio de Janeiro, essa decisão se torna ainda mais crucial devido à diversidade geológica da região, que apresenta terrenos arenosos, solos argilosos, áreas de encostas e regiões com alto nível de lençol freático.
A sondagem à percussão SPT é um dos principais métodos utilizados para avaliar o subsolo antes da construção de uma edificação.
Esse ensaio permite identificar a resistência do solo, suas camadas e a presença de água subterrânea, garantindo um projeto de fundação mais seguro e eficiente.
A seguir, exploramos as principais vantagens da sondagem SPT para fundações no Rio de Janeiro e por que esse estudo é indispensável para qualquer obra na região.
1. Adaptação a solos variados do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro possui uma grande variação geológica, com terrenos que vão desde solos arenosos e argilosos até áreas rochosas e instáveis em encostas.
A sondagem SPT permite um estudo detalhado do subsolo, ajudando engenheiros a determinarem a melhor solução de fundação para cada tipo de solo encontrado.
Em áreas litorâneas, onde predominam solos arenosos e presença de lençol freático elevado, a sondagem SPT auxilia na escolha de fundações profundas, como estacas, evitando recalques e problemas estruturais.
Já em regiões de encostas, o ensaio ajuda a identificar camadas instáveis e a necessidade de reforço no terreno para prevenir deslizamentos.
2. Segurança estrutural contra recalques e desmoronamentos
O Rio de Janeiro enfrenta desafios naturais como deslizamentos de terra, recalques diferenciais e erosão do solo devido à presença de chuvas intensas em determinadas épocas do ano.
A sondagem à percussão SPT permite prever esses riscos ao fornecer dados precisos sobre a resistência do solo e suas camadas, possibilitando um dimensionamento adequado das fundações.
Com a sondagem, os engenheiros conseguem projetar estruturas que minimizam os impactos de recalques diferenciais – afundamentos desiguais da fundação que podem causar rachaduras e danos à construção.
Além disso, a análise geotécnica do terreno ajuda na implementação de sistemas de drenagem para estabilizar o solo e evitar deslizamentos.
3. Identificação do nível do lençol freático
Muitas áreas do Rio de Janeiro possuem um lençol freático raso, principalmente em regiões próximas ao mar, rios e lagoas.
Essa condição pode gerar desafios para a construção de fundações, pois a presença de água subterrânea pode comprometer a estabilidade do solo e aumentar os custos da obra.
A sondagem SPT identifica com precisão a profundidade do lençol freático, permitindo que medidas corretivas sejam adotadas.
Com base nesses dados, podem ser utilizados sistemas de drenagem, impermeabilização e técnicas adequadas de fundação para evitar problemas futuros, como infiltração de água e erosão do solo.
4. Redução de custos e otimização do projeto estrutural
Ao fornecer informações detalhadas sobre o solo, a sondagem SPT ajuda a evitar gastos desnecessários com fundações superdimensionadas.
Sem esse estudo, muitos projetos acabam adotando soluções mais caras por falta de conhecimento sobre a real capacidade do solo.
No Rio de Janeiro, onde cada região apresenta características geotécnicas distintas, o uso da sondagem permite um planejamento mais preciso, reduzindo desperdícios e garantindo a escolha da solução mais eficiente para cada tipo de terreno.
Além disso, um estudo geotécnico detalhado pode evitar custos futuros com reparos estruturais decorrentes de recalques diferenciais ou problemas de infiltração.
5. Atendimento a normas técnicas e exigências legais
No Brasil, a realização de sondagens de solo para projetos de construção é uma exigência de diversas normas técnicas, incluindo a ABNT NBR 6122 (Projeto e Execução de Fundações) e a ABNT NBR 6484 (Sondagem de Solo a Percussão).
No Rio de Janeiro, muitos órgãos municipais e estaduais exigem o laudo de sondagem como parte da documentação necessária para aprovar um projeto de construção.
Esse estudo técnico é fundamental para garantir que a edificação esteja em conformidade com os padrões de segurança estabelecidos, evitando problemas legais e garantindo a liberação da obra sem atrasos.
6. Maior durabilidade e longevidade das construções
Fundações bem planejadas garantem que a estrutura de uma edificação se mantenha estável ao longo dos anos.
No Rio de Janeiro, onde há grande variação climática e geológica, a sondagem à percussão SPT é essencial para projetar fundações que suportem as condições específicas do solo local.
A durabilidade das edificações depende diretamente da compatibilidade entre a fundação e o solo onde ela está inserida.
Uma construção realizada sem um estudo geotécnico adequado pode sofrer recalques, fissuras ou até mesmo colapsos estruturais ao longo do tempo.
Com a sondagem SPT, é possível antecipar esses riscos e adotar soluções que garantam a estabilidade da obra por décadas, evitando manutenções constantes e garantindo a valorização do imóvel.
Como é feita a sondagem à percussão (SPT)?
A sondagem à percussão SPT (Standard Penetration Test) é um dos métodos mais utilizados para investigar as características do solo antes da construção de uma edificação.
Esse ensaio permite determinar a resistência do subsolo, identificar suas camadas e verificar a presença do lençol freático.
O processo segue normas técnicas rigorosas, como a ABNT NBR 6484, garantindo a confiabilidade dos dados obtidos. Mas como esse procedimento é realizado na prática? A seguir, explicamos detalhadamente como é feita a sondagem à percussão SPT, desde a preparação inicial até a finalização do ensaio.
1. Escolha do local e planejamento do ensaio
Antes de iniciar a sondagem, é necessário definir os pontos onde os furos serão realizados. A quantidade e a distribuição das sondagens dependem do tamanho e do tipo da obra.
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Para edifícios pequenos, geralmente são feitas entre 2 e 4 sondagens.
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Para construções maiores, como prédios de múltiplos andares, esse número pode aumentar significativamente.
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Em terrenos com variações no solo, podem ser necessários pontos extras de sondagem para garantir um estudo mais detalhado.
O planejamento leva em conta a topografia do terreno e as características da construção, garantindo que as informações obtidas representem bem as condições do subsolo.
2. Instalação do tripé e equipamentos
O ensaio é realizado com o auxílio de um tripé metálico, que suporta os equipamentos utilizados na perfuração. Entre os principais itens utilizados na sondagem à percussão SPT, destacam-se:
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Martelo padronizado (63,5 kg) – utilizado para cravar o amostrador no solo.
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Amostrador-padrão – tubo metálico que coleta amostras do solo e mede a resistência à penetração.
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Tubo de revestimento – protege o furo e impede que as paredes do solo colapsem durante o ensaio.
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Hastes metálicas – conectam o amostrador ao equipamento de cravação.
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Bomba d’água – utilizada para manter o furo aberto em solos mais instáveis.
Com todos os equipamentos preparados, inicia-se a perfuração do solo.
3. Perfuração inicial do solo
A sondagem começa com a perfuração do terreno utilizando um trado manual ou mecânico. Esse processo inicial tem como objetivo alcançar a cota de ensaio, ou seja, a profundidade onde o teste SPT será realizado.
Nos primeiros metros, a perfuração é relativamente simples, mas conforme a profundidade aumenta, podem surgir dificuldades devido à compactação do solo ou à presença de lençol freático.
4. Execução do ensaio SPT
Assim que a profundidade desejada é atingida, inicia-se o ensaio de penetração SPT, que segue os seguintes passos:
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Posicionamento do amostrador – O amostrador-padrão é inserido no furo e conectado às hastes metálicas.
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Golpes de cravação – O martelo de 63,5 kg é solto de uma altura fixa de 75 cm, aplicando impactos no amostrador para que ele penetre no solo.
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Contagem de golpes – O número de golpes necessários para o amostrador avançar 30 cm é registrado e denominado índice de resistência à penetração (N SPT).
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Registro e análise das amostras – A cada intervalo de profundidade, o solo coletado é armazenado e analisado para avaliar suas características físicas, como textura, umidade e composição.
Esse procedimento é repetido a cada metro, até atingir a profundidade necessária para a obra, que pode variar de 5 a 30 metros ou mais, dependendo do tipo de construção.
5. Identificação do nível do lençol freático
Durante a perfuração, é fundamental observar a presença de água subterrânea. O nível do lençol freático é registrado em diferentes momentos do ensaio:
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Nível imediato – registrado logo após a perfuração.
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Nível estabilizado – medido após algumas horas, permitindo uma estimativa mais precisa da posição do lençol freático.
Essa informação é essencial para o projeto de fundação, pois influencia na escolha do tipo de estaca ou na necessidade de drenagem para evitar problemas estruturais.
6. Finalização da sondagem e fechamento do furo
Após atingir a profundidade estabelecida, a sondagem é encerrada e o furo é preenchido com solo compactado ou cimento para evitar riscos de desmoronamento ou acúmulo de água no local.
Os dados coletados durante a sondagem são organizados no boletim de sondagem, que serve como um relatório técnico detalhado sobre as condições do solo e orienta a escolha da fundação ideal para a construção.
Boletim de sondagem SPT: quais informações ele deve conter?
Após a realização da sondagem SPT, todos os dados coletados são organizados em um documento técnico chamado boletim de sondagem.
Esse relatório é essencial porque reúne todas as informações sobre as condições do solo em determinada área, permitindo que engenheiros e projetistas tomem decisões fundamentadas sobre o tipo de fundação mais adequado para a construção.
Se você nunca viu um boletim de sondagem, pode estar se perguntando: o que exatamente esse documento contém? Vamos detalhar os principais elementos presentes nesse relatório e explicar a importância de cada um deles.
O que é um boletim de sondagem?
O boletim de sondagem SPT é um registro detalhado dos resultados obtidos durante o ensaio de sondagem à percussão.
Ele segue um formato padronizado, estabelecido pelas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e serve como base para o desenvolvimento de projetos estruturais e geotécnicos.
Esse documento contém desde informações básicas, como a localização da sondagem, até dados mais técnicos, como a descrição das camadas do solo e o nível do lençol freático. Sua interpretação correta é fundamental para garantir a segurança da obra.
Principais informações contidas no boletim de sondagem SPT
Identificação da sondagem
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Nome do projeto ou da obra
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Localização exata do ensaio (endereço e coordenadas geográficas)
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Data de realização da sondagem
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Empresa responsável pela execução do serviço
Profundidade da sondagem
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Indica a profundidade total até onde a sondagem foi realizada.
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Dependendo do tipo de solo e do porte da obra, essa profundidade pode variar entre alguns metros até mais de 30 metros.
Descrição do solo
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Classificação do tipo de solo encontrado em cada profundidade (argiloso, arenoso, siltoso, entre outros).
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Características do solo, como cor, umidade, textura e presença de materiais orgânicos.
Número de golpes do SPT (resistência do solo)
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O boletim registra a quantidade de golpes que o martelo precisou aplicar para cravar o amostrador em três segmentos consecutivos de 15 cm, totalizando 45 cm.
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O valor total dos dois últimos segmentos (30 cm finais) é conhecido como índice de resistência à penetração (N SPT) e é um dos principais parâmetros usados para análise do solo.
Presença do lençol freático
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O nível da água subterrânea é identificado durante a sondagem e registrado no boletim.
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Essa informação é crucial, pois a presença de água pode influenciar no tipo de fundação a ser escolhida.
Indicação de matacões ou rochas
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Se durante a sondagem forem encontrados matacões (grandes blocos de rocha dentro do solo) ou camadas de rocha, isso será registrado.
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Essas formações podem interferir no processo de escavação e exigir soluções diferenciadas no projeto estrutural.
Amostras coletadas
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Algumas amostras de solo podem ser retiradas durante a sondagem para análises laboratoriais complementares, e o boletim registra quais amostras foram coletadas e suas características.
Gráfico de perfil do solo
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Alguns boletins incluem um gráfico que ilustra as diferentes camadas do solo ao longo da profundidade analisada. Isso ajuda os engenheiros a visualizar melhor as variações do terreno.
Por que o boletim de sondagem é tão importante?
O boletim de sondagem serve como um raio-x do solo, permitindo que engenheiros façam projeções seguras sobre a resistência e estabilidade do terreno.
Sem esse documento, a escolha da fundação da obra seria baseada em suposições, o que poderia gerar riscos estruturais graves.
Além disso, esse relatório é exigido em diversos processos burocráticos, como obtenção de licenças para construção e aprovação de projetos em órgãos reguladores.
Ensaio SPT: passo a passo detalhado
O ensaio SPT (Standard Penetration Test), também conhecido como sondagem à percussão, é um dos métodos mais utilizados na engenharia geotécnica para investigar as características do solo antes de uma construção.
Ele permite identificar a resistência do terreno e coletar informações essenciais para a definição do tipo de fundação ideal para uma obra.
Mas como esse ensaio é realizado na prática? A seguir, apresentamos um passo a passo detalhado do processo, desde a preparação do local até a obtenção dos resultados.
Passo 1: preparação do local e posicionamento do equipamento
Antes de iniciar o ensaio, é necessário escolher um ponto adequado para a sondagem, levando em consideração o projeto da obra e a distribuição da carga no terreno.
O número de pontos de sondagem varia conforme a complexidade da construção, sendo que obras menores podem exigir apenas uma ou duas sondagens, enquanto grandes empreendimentos precisam de várias perfurações espalhadas pelo terreno.
Com o local definido, a equipe responsável instala os equipamentos necessários para a execução do ensaio, que incluem:
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Tripé metálico: usado para suspender o martelo de percussão.
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Sistema de polias e cabo de aço: utilizado para levantar e soltar o martelo.
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Amostrador-padrão: um tubo metálico que será cravado no solo para coletar amostras.
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Hastes de perfuração: tubos metálicos que conectam o amostrador ao equipamento de percussão.
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Balança e fita métrica: para medir profundidades e registrar dados.
Passo 2: perfuração inicial do solo
O processo começa com a perfuração do solo até atingir a profundidade desejada para o primeiro ensaio. Essa perfuração pode ser feita manualmente ou com auxílio de equipamentos mecanizados, dependendo da resistência do solo e das condições do local.
Se houver uma camada superficial de concreto ou asfalto, ela precisa ser rompida antes da sondagem. Em seguida, é introduzido um revestimento metálico na perfuração para evitar o desmoronamento das paredes do furo e garantir a precisão do ensaio.
Passo 3: cravação do amostrador-padrão e contagem dos golpes
Com a perfuração inicial concluída, o amostrador-padrão é inserido no solo. Esse tubo cilíndrico tem uma extremidade cortante que permite coletar amostras do material encontrado no subsolo.
A cravação do amostrador no solo ocorre por meio de golpes aplicados por um martelo padronizado, que pesa 63,5 kg e é solto de uma altura de 75 cm. Esse martelo cai repetidamente sobre a extremidade superior da haste de perfuração, empurrando o amostrador para dentro do terreno.
O processo é dividido em três etapas de 15 cm cada. Para cada etapa, registra-se a quantidade de golpes necessários para que o amostrador avance. Os resultados são anotados da seguinte forma:
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Primeiros 15 cm: os golpes são registrados, mas não são utilizados para calcular a resistência do solo.
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Segundos 15 cm: os golpes são contados e utilizados no cálculo.
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Últimos 15 cm: novamente, os golpes são contados e somados ao valor anterior.
O total de golpes necessários para cravar os 30 cm finais do amostrador é chamado de índice de resistência à penetração (N SPT) e é um dos principais dados analisados na sondagem.
Se o solo for muito resistente e forem necessários mais de 50 golpes para avançar 15 cm, o ensaio é interrompido e o local é classificado como impenetrável para o equipamento utilizado.
Passo 4: coleta de amostras do solo
Além de registrar o número de golpes necessários para cravar o amostrador, o ensaio SPT também permite a coleta de amostras do solo.
Essas amostras são armazenadas em recipientes identificados e podem ser enviadas para análises laboratoriais complementares, onde são avaliadas propriedades como granulometria, umidade e composição química.
Essa análise detalhada é essencial para determinar a capacidade do solo de suportar cargas e sua adequação para diferentes tipos de fundação.
Passo 5: registro do nível do lençol freático
Durante o ensaio, também é possível identificar a profundidade em que a água subterrânea aparece no furo de sondagem. O nível do lençol freático é um fator importante, pois influencia diretamente a escolha das fundações da obra.
Caso o ensaio seja interrompido por conta da água, o nível é registrado e novas estratégias podem ser aplicadas para continuar a investigação geotécnica.
Passo 6: avanço da sondagem até a profundidade final
O processo de perfuração, cravação do amostrador e registro dos golpes é repetido ao longo do solo em intervalos regulares, geralmente a cada 1 metro de profundidade, até que se atinja a cota desejada para o estudo do subsolo.
O ensaio pode ser interrompido antes caso seja encontrado um substrato rochoso ou uma camada extremamente resistente, o que indicaria que a fundação da obra pode ser projetada com base nessa profundidade.
Passo 7: elaboração do boletim de sondagem
Após a conclusão do ensaio, todos os dados obtidos são organizados no boletim de sondagem SPT, que é um documento técnico essencial para a análise do terreno. Esse boletim inclui:
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Identificação do local e data do ensaio
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Número de golpes (N SPT) em cada profundidade
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Descrição das camadas do solo
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Presença e nível do lençol freático
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Coleta de amostras e análises laboratoriais (se houver)
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Gráficos e interpretações dos resultados
Esse relatório é utilizado pelos engenheiros para definir o tipo de fundação mais adequado para a obra, garantindo segurança e estabilidade à construção.
Regiões de São Paulo que a Engeproject atende com Sondagem SPT: entenda que é e como é feita
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